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Maria Luís Albuquerque, a ‘swinger’ dos ‘swaps’

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Jornal de Negócios de 29--04-2013

Jornal de Negócios de 29–04-2013

Vá lá saber-se por que razão. Reminiscências de infância?  Resíduos de subconsciência? Ignoro o motivo. Sei que cada vez que me deparei com a figura de Maria Luís Albuquerque em declarações, discursos ou debates na TV, é infalível equipará-la à pureza de imagem da noviça Maria (Julie Andrews) em ‘Musica no Coração’.

A comparação é mero fruto de incontrolado sentimento. De facto, colocando os óculos a preceito e observando em pormenor, a noviça Secretária de Estado, do cariz purificado e credível, apenas tem ilusório aspecto. O lenço bem alinhado ao pescoço favorece-a na imaculada imagem. Distanciando-se das poses e do estilo ‘négligé de Saint Germain de Pres’ dos extensos cachecóis da Teresa Leal Coelho, a jantar, por hipótese, na Cervejaria Lipp com Carla Bruni e demais amigas da sociedade ‘snob’ parisiense.

Por acreditar, e é quanto basta, confiei que, das famigeradas operações ‘swap’, Maria Luís Albuquerque tivesse comunicado a verdade aos Portugueses, ao garantir que como directora financeira da Refer, entre 2001 e 2007, não havia firmado contratos de financiamento com ‘swaps especulativos’. Afinal, para minha surpresa,  mentiu. Segundo o ‘Jornal de Negócios’, na capa e página 8, a Secretária de Estado do Tesouro igualmente fechou contratos do género, com “perdas potenciais de 40 milhões de euros”. Causa: recorreu a três financiamentos de “swaps exóticos’, incluindo a modalidade “swaption” do tipo Bermudan, cuja definição é a seguinte:

Definição de ‘ Bermudan Swaption ‘
Um instrumento financeiro derivado que confere ao seu detentor o direito, mas não a obrigação, de entrar em um ‘swap’ de taxa de juros em qualquer uma de uma série de datas pré-determinadas. O titular somente pode exercer a opção em uma dessas datas. Por outro lado, um plano ‘vanilla swaption’ daria ao titular a opção de entrar em um ‘swap’ de taxa de juros na data de vencimento do derivativo.

Estes tipo de ‘swaps’, também firmados pela Refer diferem da opção mais segura de simples indexação à Euribor; o detentor do contrato pode fazer a troca (‘swap’) em mais do que uma data, utilizando, por exemplo, a taxa de juro a dez anos. O ‘Negócios’ cita também que “no relatório de 2011 sobre o SEE – Sector Empresarial do Estado aparecem dados para a Refer mas com sinal contrário ao que seria de esperar [sublinha] numa protecção das taxas de juro que usasse o indexante da Euribor”.

De um PM impreparado ao insano  e socialmente insensível ministro das finanças, do malandro falso licenciado a meninas de infiel ar pudibundo, este governo, como outros, é composto por uma corja de trapaceiros. Só nos faltava uma ‘swinger’ de ‘swaps’, para compor o elenco obscuro  a que estamos submetidos.


Filed under: economia, política nacional Tagged: 40 milhões de prejuízos, a mentira, Maria LUís Albuquerque, refer, swaps tóxicos


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